
Rebeldes iemenitas alegam ofensiva contra USS Harry S. Truman, mas falta de provas e tensões regionais alimentam ceticismo
Frases de Destaque:
- “Os Houthis dizem ter lançado 18 mísseis contra um porta-aviões americano, mas onde estão as evidências concretas?”
- “Enquanto os EUA prometem força implacável, o risco de uma guerra mais ampla no Oriente Médio só aumenta.”
Artigo:
Informações de fontes recentes indicam que os rebeldes Houthis do Iêmen, grupo apoiado pelo Irã, reivindicaram um ataque contra o porta-aviões americano USS Harry S. Truman no Mar Vermelho, em 16 de março de 2025. A ação seria uma resposta aos bombardeios americanos contra alvos rebeldes no Iêmen no dia anterior, que deixaram dezenas de mortos, segundo o Ministério da Saúde controlado pelos Houthis. O porta-voz militar do grupo, Yahya Saree, afirmou que 18 mísseis balísticos e de cruzeiro, além de drones, foram usados na operação, que teria durado várias horas. Até o momento, os Estados Unidos não confirmaram danos ao navio ou baixas, levantando dúvidas sobre a veracidade ou o impacto do ataque.
As ideias que emergem dessas análises apontam para uma escalada preocupante na já volátil região do Mar Vermelho, uma rota crucial para o comércio global. Os Houthis, que controlam partes significativas do Iêmen, dizem agir em retaliação às operações americanas e em solidariedade aos palestinos na guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
Um insight relevante é a promessa do líder houthi Abdel Malek al-Houthi de proibir a navegação americana no Mar Vermelho enquanto os EUA continuarem sua “agressão”. No entanto, a falta de confirmação independente sobre o ataque ao USS Harry S. Truman sugere que a declaração pode ter mais peso propagandístico do que militar.
Os temas discutidos incluem o papel do Irã como financiador dos rebeldes, a resposta americana — que incluiu ataques aéreos que mataram pelo menos 31 pessoas, segundo o Ministério da Saúde houthi —, e os impactos humanitários e econômicos de um conflito prolongado no Iêmen, onde milhões já enfrentam fome e instabilidade.
Pesquisa em fontes confiáveis complementa o cenário. O Comando Central dos EUA (Centcom) informou que os ataques americanos visaram alvos estratégicos houthi para deter suas ações contra navios no Mar Vermelho, uma rota que movimenta cerca de 15% do comércio marítimo global, segundo a Organização Marítima Internacional. O Ministério da Saúde houthi reportou 53 mortes, incluindo mulheres e crianças, nos bombardeios americanos, enquanto o Programa Mundial de Alimentos alerta que 17 milhões de iemenitas enfrentam insegurança alimentar aguda. A ONU pediu contenção a ambas as partes, alertando que uma escalada maior poderia agravar a crise humanitária.
Além disso, relatórios de inteligência ocidental indicam que o Irã aumentou o fornecimento de drones e mísseis balísticos aos Houthis desde 2023, ampliando sua capacidade ofensiva, embora analistas militares questionem se o grupo tem meios para causar danos significativos a um porta-aviões fortemente protegido como o USS Harry S. Truman.

Opinião:
Esse incidente é um exemplo claro do que o “The Grid” defende: a necessidade de força e pragmatismo em regiões instáveis, mas com olhos abertos para os riscos.
Uma visão através das teorias de Inteligência apoia a decisão americana de retaliar os Houthis — se eles atacam navios e ameaçam rotas comerciais, precisam sentir o peso da resposta.
O Mar Vermelho não pode virar um playground de rebeldes financiados pelo Irã. A promessa de Trump de usar “força esmagadora” é o tipo de linguagem que desencoraja aventureiros, e o Centcom (Comando Central dos Estados Unidos) parece estar executando isso com precisão.
Dito isso, a falta de evidências sobre o ataque houthi ao USS Harry S. Truman me faz questionar se não estamos lidando com mais bravata do que capacidade real. E há um risco maior aqui: uma guerra prolongada no Iêmen só vai piorar a crise humanitária e abrir espaço para o Irã e outros atores se infiltrarem mais.
Os EUA precisam focar em neutralizar a ameaça sem transformar o Mar Vermelho num barril de pólvora. Força, sim, mas com estratégia — não com impulsos que podem custar caro.
Fontes Consultadas:
- Comando Central dos EUA (Centcom): Comunicados sobre operações no Mar Vermelho (março de 2025).
- Organização Marítima Internacional: Dados sobre o tráfego marítimo no Mar Vermelho (2024-2025).
- Programa Mundial de Alimentos: Relatórios sobre a crise humanitária no Iêmen (2025).
- Relatórios de inteligência ocidental: Informações sobre o apoio iraniano aos Houthis (2023-2025).
Daniel Rosa (Stuanor)
Sobre o AutorDaniel Rosa é pesquisador em diversos campos do conhecimento, sendo apaixonado por Geopolítica, Inteligência e Cibersegurança. Ele utiliza técnicas de OSINT (Inteligência de Fontes Abertas) para conseguir informações que a mídia tradicional não mostra.
Fundador do projeto GridSource, conecta dados abertos à análises globais.